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AO VIVO, GREEN DAY É TUDO O QUE VOCÊ PODERIA QUERER EM UM SHOW DE ROCK

  • Foto do escritor: Maicon Cássio Riediger
    Maicon Cássio Riediger
  • 16 de mar. de 2017
  • 3 min de leitura

Toyota Center, 5 de março de 2017.


Antes do Green Day subir ao palco, o sistema de som detona duas músicas enquanto ao público aguarda nervoso: ‘Bohemian Rapsody’ e ‘Blitzkrieg Bop’.


Com suas raízes punk e sua agora regular tentativa de criar mini óperas rock épicas, estas duas músicas são a única playlist que você poderia tocar para mostras as principais influências do Green Day. Enquanto eles nunca foram tão majestosos como o Queen ou tão corajosos como os Ramones, é impossível negar o sucesso da banda: de arenas para a Broadway e além, o trio pode terminar como uma das únicas bandas que realmente importam desta era da história do rock.


O que assegura seu legado dia após dia é seu show ao vivo. É o espetáculo de rock and roll que os amantes de guitarras sentirão falta conforme o estilo é jogado para escanteio. Um show do Green Day é rock na sua melhor forma, balanceando questões políticas com a irreverência e o sério com o bobo, a misantropia com a celebração. Não, eles não estão reinventando o livro de regras do rock, mas o que eles apresentam está entre o melhor que você poderia ver.


Sejam os constantes cantos de vai e vem, pessoas do público sendo trazidas ao palco, a quantidade absurda de fogos e explosões, máquinas de lançar camisetas e armas de água, os covers e os solos de guitarra bobos, um show do Green Day é um ato familiar sem soar entediante ou desnecessário.


Foto: Jessica Alexander

Este é o poder de grandes músicas e o Green Day tem muitas, muitas, muitas delas. Por cerca de duas horas e meia, eles deslumbram uma plateia energética com música foda atrás de música foda e, por vezes, desenterrando músicas antigas e apresentando coisas novas. Quase não há espaço mal aproveitado por Billie Joe Armstrong que constantemente interage com o público, não lhes dando tempo de conversarem entre si.


O resultado é um show que parece estar sempre seguindo em frente, mesmo quando Billie Joe faz uma pausa para apresentar a banda ou encorajar a plateia a cantar junto ‘Hey Jude’ ou alguma outra variação de ‘eeee ooos’ pela enésima vez. E parece ser assim porque toda vez que a banda entra em uma nova canção, você pode observar os rostos dos fãs explodirem em reconhecimento e apreciação.


Foto: Jessica Alexander

É possível discutir que graças as arbitrárias regras que comandam o Rock and Roll Hall of Fame que a entrada do Green Day veio cinco ou oito anos antes do que deveria. É meio bobo que a banda tenha entrado apenas 20 anos após o lançamento de Dookie e é absurdo que tenham feito isso antes de Cheap Trick, Deep Purple e Pearl Jam, mas não porque eles não mereçam isso. Eles por vezes foram a maior e mais importante banda do mundo e não fizeram isso indo pelo caminho fácil. A história será gentil a eles, do jeito que é com o Queen e com os Ramones. E, quem sabe, daqui há uns 20 anos, alguma outra banda irá por pra tocar ‘American Idiot’ antes de subir ao palco.


Eles terão seu trabalho facilitado porque mesmo que você consiga escrever uma música tão boa quanto as do Green Day, será necessário ser uma banda especial para ser tão boa ao vivo quanto eles.


Review: Cory Garcia Matéria Original: Houston Press


Foto: Greg Schneider

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