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MIKE DIRNT FALA DO QUE ESPERAR NA TURNÊ AUSTRALIANA

  • Foto do escritor: Maicon Cássio Riediger
    Maicon Cássio Riediger
  • 24 de abr. de 2017
  • 5 min de leitura

Falta menos de uma semana para a Revolution Radio Tour cair na estrada novamente e a ansiedade dos fãs volta a aumentar a cada minuto que passa.


O site Tone Deaf aproveitou a passagem do Green Day por Las Vegas no início de abril e entrevistou Mike Dirnt, que relatou o que devemos esperar desta nova leva de shows na Austrália e Nova Zelândia.



O baixista do Green Day está em Las Vegas, Nevada e, enquanto senta para esta conversa, ele comenta que suou mais do que de costume durante o show na noite anterior.


“É engraçado porque você está 1500m mais alto quando está em Denver e lá eu não costumo suar tanto. Depois de três músicas eu estou tipo, ‘porque está tão frio? Ah, eu estou suando feito um louco!”, ele ri.


Depois de contar histórias sobre os padrões de suor dos locais, estamos derramando animação sobre a turnê australiana que se aproxima. Ele rapidamente se torna pensativo quando perguntamos a ele se o nosso país o lembra da Califórnia.


“Sim e não”, ele diz. “É completamente diferente, mas existem parte de Sydney que me lembram Berkeley, como as casas em certos bairros. Algo que eu gosto na Austrália”, ele faz uma pausa para ordenar os pensamentos, “é como vocês entendem o rock and roll e como vocês sabem se divertir e não se levarem tanto a sério”.


Dirnt certamente pirou na turnê de seu décimo segundo álbum, Revolution Radio, lançado há seis meses. E não é apenas só o disco mas o fenômeno que de repente iniciou a lembrança de várias memórias.


Uma coisa que eu gosto na Austrália… é que vocês entendem o rock ‘n’ roll

“Eu lembro de Revolution Radio, do estúdio e onde estávamos, porque foi tudo tão imersivo junto com Billie e Tré que esse disco veio de um lugar puro. Quando ouço uma música de Revolution Radio… Billie escreveu aquilo de forma bastante pessoal. Eu penso em onde eu estava naquele momento… sabe, minha esposa estava lutando contra o câncer de mama. Eu meio que acabo me engasgando durante aquela música porque me dou conta de quantas bençãos tenho todos os dias”.


“Eu sempre penso no rádio como uma forma de conexão com outras pessoas. Alguns falam de rádio via satélite e de suas playlists, mas aquilo pra mim não é o mesmo que escutar a um rádio de verdade… você sente como se fizesse parte da uma experiência humana”.



Então, o músico nos rebobina brincando para ser um garoto dos anos 70. Ele ri, “Eu tinha um pequeno rádio relógio perto da minha cama. e havia uma estação de rock ‘n’ roll que tocava de Smokey Robinson, até Beatles, AC/DC. Eu poderia ter aquilo 24 horas por dia no meu quarto… E por osmose eu me tornei um grande fã de boas músicas.”


Essas são as primeiras experiências dos veteranos que estamos começando a tocar no documentário The Early Years, no Spotify lançado em março. Ele revela momentos da primeira e estranha conversa que Dirnt teve com Armstrong na 5ª série no refeitório da escola, para a realidade de “uma cena grosseiramente não documentada”.


O baixista ri antes de afirmar, “O que precisávamos fazer era pegar todas as peças do quebra cabeça e juntá-las para todo mundo. The Early Years é uma parte dessas cenas, mas na realidade estamos lançando um documentário completo”.


“Começamos um sobre os primeiros anos do Green Day e percebemos que precisávamos focar na nossa cena primeiro, porque não temos um ponto de onde começar. Então passamos os últimos quatro anos fazendo Turn It Around, focando em principalmente cinco ou seis bandas da cena, e foi criado pelas pessoas que estavam lá também. É um precedente para o The Early Years que você está falando. Muito das filmagens vieram de 165 entrevistas que fizemos para isso.


O 924 Gilman Street, onde o Green Day e muitas bandas punks de East Bay expressaram suas vozes, resistiu vitalmente ao racismo, à cultura egoísta espalhada pela Califórnia.


Eu fui espancado ou caçado pela rua apenas por parecer diferente

“O cenário em que crescemos… Eu realmente não tinha muitos trajes”. O carinho de Dirnt pelo Gilman passa por aí. “Era sobre as pessoas terem um lugar para fugirem um pouco das suas vidas fodidas, e serem adultos e garotos perdidos juntos através de uma expressão criativa”.


“Eu acho que agora estamos em um lugar melhor do que quando eu era um garoto. Eu fui espancado ou caçado pelas ruas, muito por parecer diferente”, ele continua sem rodeios. “As coisas não são mais as mesmas. Por mais que eu sinta falta de ver alguém pela rua em um ponto de ônibus e tipo, ‘Oh eu aposto que eles gostam das mesmas músicas que eu, podemos ser amigos!’… Eu acho que no geral as pessoas estão aceitando muito mais as diferenças de cada um nas escolhas culturais”.


“Você pode realmente ver que em um show do Green Day, quando tem um fazendeiro que saiu só para beber uma cerveja e ver um grande show de rock, mas então você tem duas crianças que estão em sua cena punk local. Essas duas pessoas nunca se encontrariam em um milhão de anos, mas por alguma razão eles estão tendo um momento humano juntos”.


Lawrence “Larry” Livermore e David Hayes capturaram o poder incluso no Gilman fundando a Lookout Records e lançando os dois primeiros EPs do Green Day, 1,000 Hours e Slappy, antes do lançamento álbum Kerplunk que mudaria tudo.



O primeiro show que fizemos, foi na realidade no restaurante da mãe do Billie.


Enquanto The Early Years se aprofunda em quando Dirnt e Armstrong conheceram Livermore enquanto faziam um show para cinco pessoas nas montanhas, ele não mostra o primeiro show deles. Aqui, o músico felizmente preenche os vazios.


“O primeiro show que fizemos foi na realidade no restaurante da mãe do Billie. Nós queríamos apenas ficar na frente das pessoas. Não importava, assim como ainda não importa em certo ponto… Se sentimos que precisamos ir tocar em clube sujo, nós pediremos alguns equipamentos emprestados e vamos tocar. Muitos disso não se torna público, fica apenas para as pessoas que estavam lá. Acho que isso é uma das coisas que nos faz tão vivos em torno de nossos instrumentos.”


Green Day ultimamente tem uma química incomparável, uma que constantemente inspira Dirnt por mais de três décadas. Ele começa sua reflexão por Cool, que ele conheceu em uma festa usando batom.


“Tre sempre foi envolvido como baterista. Como posso dizer isso?” Ele suspira brevemente. “Sempre fui um fã, apesar de estar na banda com ele, da maneira que ele toca. Eu amo ouvi-lo nos ensaios, e ele faz parecer muito fácil porque ele realmente tem uma boa postura”.


“Uma coisa que eu também amo é que esse jeito que ele toca me dá liberdade, porque ele bate em mais pratos do que qualquer outro baterista que eu conheça. Isso me permite fazer coisas diferentes, mas ele ainda pode se apoiar com o que estou tocando. Tré começou como um dos grandes bateristas que eu já tinha visto, certamente na idade dele. Ele continuou a ficar melhor, e melhor. ‘Você não está tornando isso mais fácil para mim cara’”, Dirnt ri.


“Nunca vou me cansar disso, o mesmo com Billie”.

É contemplando sua amizade única com Armstrong e que ele traz o homem à conversa. Ele devaneia, “Você sabe, nós crescemos juntos desde que éramos patetas, crianças retóricas até virarmos maconheiros, nos afastarmos disso e nos tornarmos pais e assistindo uns aos outros criando nossos filhos”.


“Nós ainda podemos ser patetas um com o outro, provavelmente como ninguém mais. Mas temos grandes conversas sobre o que realmente as cosas significam. Sempre quisemos crescer em algum ponto e ser inteligentes, evoluir como homens e seres humanos. É uma jornada sobre aperfeiçoamento, nunca a perfeição eu acho”, Dirnt ri.


“De vez em quando, nós teremos momentos uns com os outros e eu estarei tipo, ‘Você sabe, esse momento só pode acontecer com seu melhor amigo’”.

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